terça-feira, 23 de outubro de 2007

"REUTERS - 23.10.2007 15:19
Secretário de Segurança critica Justiça e elogia Força Nacional
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A impunidade é um dos fatores que incentivam a criminalidade no Brasil, disse na terça-feira o secretário nacional de Segurança, Antonio Carlos Biscaia, que voltou a rejeitar o uso das Forças Armadas para garantir a segurança nos centros urbanos.
Segundo ele, no Estado do Rio de Janeiro "acontecem 6.000 homicídios por ano, mas só se investigam 200, e isso já é uma mostra da impunidade".
Ele também criticou a Justiça por anular processos "por uma filigrana, um detalhezinho técnico... que pode acabar colocando um Elias Maluco em liberdade... para cometer um crime bárbaro".
As declarações foram dadas a jornalistas no Rio, onde acontece o Seminário de Gestão Pública de Segurança, promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Embora tenha criticado o uso das Forças Armadas contra a criminalidade, já que para ele essa não é a função delas, Biscaia defendeu a utilização da Força Nacional de Segurança, a corporação policial de elite criada há dois anos e mobilizada em casos de crise.
"Acredito que a Força Nacional, progressivamente, pode suprir essa necessidade", afirmou, ressaltando que as polícias estaduais é que são responsáveis por combater o crime.
MUDANÇA PARA ZONA ZUL
O secretário estadual de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, afirmou que os traficantes locais estão adotando a estratégia de migrar armas e pessoas para favelas da zona sul da cidade para tentar inibir a atuação da polícia.
Segundo o secretário, ações policiais na zona sul, onde moram família de classes média e alta, são mais complicadas do que em comunidades carentes das zonas norte e oeste.
"Um tiro em Copacabana é uma coisa. Um tiro na Coréia (periferia) é outra. Na medida em que se discute essa questão do enfrentamento, isso beneficia a ação do tráfico de drogas", disse Beltrame no seminário.
"Nossa política é de inteligência, não é de enfrentamento. Mas não posso pegar um braço mecânico e ir na favela da Coréia para tirar os marginais de lá", acrescentou ele, se referindo à ação na semana passada nas favelas da Coréia e Taquaral, em Senador Camará, onde 12 pessoas morreram, entre elas uma criança.
"O trabalho de inteligência tem planejamento para qualquer tipo de ação, a diferença está na execução. Ele será executado conforme a reação do bandido à presença da polícia (...) A polícia federal prende sem dar um tiro porque prende a elite. O cliente da PF é outro."
(Por Julio César Villaverde, com reportagem adicional de Rodrigo Viga Gaier)"


A questão da violência no país, me assusta muito , na minha cidade mais ainda, pois vivo de perto essa triste realidade de ver casos de invasão de morro , bala perdida, mortes de inocentes, roubos, assassinatos diariamente, seja pelo jornal, tv, por ouvir alguém falar ou por ter algum amigo ou membro da família vítima da violência. Sem contar que muitas vezes durante a madrugada escuto tiroteios da minha própria casa e dá uma sensação horrível de que alguma bala perdida possa atravessar a janela.
Fico pensando nas pessoas trabalhadoras e inocentes que moram nas favelas e vivem essa realidade todos os dias... São crianças, jovens, pais de família e idosos com risco de perder a vida pela guerra urbana do Rio de Janeiro.
Essa questão da violência , é um tema muito complexo e extenso, pretendo opinar sobre ele muitas vezes ainda no meu blog... É um assunto muito comentado( aliás agora bastante comentado, depois de" Tropa de Elite"), mas que não se desgasta nunca, pois infelizmente é bastante atual e grave, por isso merece e deve ser debatido, por pessoas do bem, como eu, e você meu amigo virtual. A violência me desperta muita curiosidade, pois tento entender os dois lados da moeda, a miséria que leva muitos jovens ao tráfico, a polícia que não funciona, é corrupta...
Em relação a matéria acima,acho que o secretário de segurança pública do Rio, José Beltrame, não foi muito feliz em seu comentário que diz ""Um tiro em Copacabana é uma coisa. Um tiro na Coréia (periferia) é outra..."
Infelizmente esse é o pensamento real das autoridades e que os moradores do Rio convivem. Na zona sul, vemos bastante policiamento, ruas iluminadas, afinal é o local que mais movimenta dinheiro, turismo... Mas nossas autoridades esquecem que nas outras partes da cidade, na zona norte , nos subúrbios também existem pessoas íntegras, trabalhadores que necessitam de segurança diária para ter o seu direito de ir e vir garantido... Como se uma vítima no subúrbio tivesse menos valor e importância que uma da zona sul ( isso também verificamos nos jornais, que dão mais destaque a casos que acontecem nas áreas nobres da cidade).Na minha interpretação esse comentário não foi muito feliz.
Tudo bem, amigos jornalistas, é preciso vender jornal... Mas creio que é preciso pensar num novo jornalismo, mais humano, mais social, mais justo e ético.
Pois para mim, uma morte de uma pessoa inocente causa o mesmo espanto e desespero se ela é rica ou pobre, branca ou negra, mora na zona sul, oeste ou norte... A vida está banalizada....
O que me aflige é o medo de ser a próxima vítima , nessa cidade sem lei...

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá Marcela!!!

A violência já faz parte da vida do brasileiro... Devemos fazer algo...

Mas do jeito que está não pode ficar... E são blogs, como o seu que me dão esperança. Alguém ainda não se acostumou... Isso é bom! Muito Bom!

young vapire luke lestat disse...

Olá moça...
Morava no R.J.vim estudar na Alemanha e com certeza não volto mais....
só em férias e cada vez estão mais raras......

Gostei do blog



[]s L.Sakssida